agosto 21, 2025 17:02
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‘Há oportunistas fazendo palanque sobre os cadáveres’, diz Wilson Lima sobre crise política

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Em entrevista coletiva on-line na noite desta terça-feira, 12, sobre a atualização de casos do novo coronavírus no Amazonas e a prorrogação do isolamento social, o governador Wilson Lima (PSC) afirmou que o Estado vive uma crise política e há pessoas “oportunistas fazendo palanque sobre cadáveres”.

Lima disse que a crise política que o Estado atravessa está contaminada pelo processo eleitoral deste ano e, sem citar nomes, disse que as pessoas tentam transformar esta crise em maior que a crise na saúde por conta da Covid-19. “Isso drena a energia do Estado e drena a energia de poderes que são fundamentais nesse momento em que todos deveriam estar em busca de soluções e alternativas para ampliar a rede de atendimento às pessoas que são atingidas pela Covid-19”, disse.

O governador ressaltou que estão fazendo das mortes de pessoas vítimas do coronavíus em palanque.

“Essas pessoas oportunistas não podem estar fazendo palanque com o sofrimento de muitos amazonenses, muitos brasileiros que estão perdendo seus entes queridos. Estão fazendo palanque sobre os cadáveres. É lamentável. A história vai cobrar isso. É importante que as pessoas coloquem as mãos na consciência principalmente as autoridades que detêm um cargo eletivo, qual tem sido meu papel nesse processo: ‘qual tem sido a minha contribuição para superar esse momento do coronavírus?’ O quê que eu estou fazendo para que mais pessoas não venham a óbito?’ É necessário que haja a união de todo mundo”.

O governador também falou sobre o novo decreto com medidas para o enfrentamento do novo coronavírus, que foi assinado por ele na segunda-feira, 11, e será publicado e começará a vigorar no dia 15. A novidade nesse novo decreto é a determinação do uso de máscaras de proteção.

Impeachment 

Wilson Lima e o vice, Carlos Almeida Filho (PRTB), são alvos de processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.

Nesta terça, 12, depois de mais de três horas de tumulto, bate-boca e confusão na sessão virtual da Aleam, entre os deputados da base governista e o presidente da casa, Josué Neto (PRTB), a sessão foi encerrada e a comissão especial que vai analisar o processo não foi instalada.

 

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Reprodução 

Decisão judicial sobre o lockdown em Manaus deve sair no final deste mês

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Relator do recurso do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que solicita novamente a implantação do lockdown em Manaus por dez dias, o desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Anselmo Chíxaro, deu prazo de 15 dias para que o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus se manifestem sobre a ação. Após essa manifestação, o magistrado vai abrir vista ao MP.

Em um comunicado enviado ao O Poder, a assessoria de imprensa do tribunal informou que o desembargador “acautelou-se” quanto à concessão do efeito suspensivo pleiteado pelo órgão ministerial e determinou a intimação das partes agravadas.

O Ministério Público apresentou recurso à 2ª instância nesta terça-feira, 12, solicitando a implantação de um confinamento total na capital amazonense. O pedido ocorreu sete dias após o juiz titular da 1ª Vara da Fazenda Estadual, Ronnie Stone, indeferir o pedido de lockdown.

No pedido, o órgão ministerial pede que o governo e a prefeitura garantam o fechamento dos estabelecimentos que exercem atividades não essenciais, além de determinar que os locais privados estabeleçam a limitação máxima de pessoas nos espaços de atividades essenciais, com fiscalização constante e promovam a emissão de avisos sonoros com orientação comportamental aos frequentadores.

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: TJAM

Governistas pressionam e conseguem adiar a comissão especial do impeachment na Aleam

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A instalação da Comissão Especial na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que vai analisar o processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e de seu vice, Carlos Almeida Filho (PTB), foi adiada para análise dos argumentos políticos e jurídicos dos deputados que compõem a base aliada do governo na casa.

A informação é da presidência da Assembleia que, em nota veiculada no início da noite desta terça-feira, 12, comunicou a decisão, após uma tentativa frustrada do presidente da casa, deputado Josué Neto (PRTB), em instalar o colegiado.

“O presidente da Aleam, deputado Josué Neto, solicitou nesta terça-feira que cada parlamentar encaminhe para análise da mesa diretora e da Procuradoria da casa todos os questionamentos e opiniões a respeito do processo, a fim de assegurar a manifestação de todos”, diz a nota.

Neto até conseguiu oficializar a leitura, em plenário, das denúncias que pesam sobre Wilson e Carlos e que sustentam o pedido de impeachment dos dois apresentado pelo Sindicato do Médicos, mas, ao final, foi vencido pela gritaria dos governistas que defendiam a não participação dele no processo de impeachment, uma vez que o deputado é parte diretamente interessada neste afastamento.

O argumento jurídico para impedir a presença de Josué no processo de impeachment foi do deputado Saullo Vianna (PTB), que apresentou requerimento, embasado em um parecer a uma consulta feita ao ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ilmar Galvão, em que pede a suspeição do parlamentar. (Leia o documento no final da matéria)

Diante da polêmica, Neto tentou encontrar alternativas no regimento interno para barrar o requerimento que lhe tirava os poderes na conduzir o processo de impeachment, mas, no final, não resistiu à pressão e resolveu terminar a sessão, sem ao menos apreciar os méritos da denúncia.

Ainda durante a sessão, a vice-presidente da casa, deputada Alessandra Campêlo (MDB), chegou a mencionar que iria levar à Justiça Estadual, caso Josué não colocasse o requerimento de Saullo em apreciação do plenário.

“Existe aqui uma divergência, onde a vossa excelência não considera impedido de conduzir o processo, mas, nós acreditamos que existe o impedimento. A questão tem que ser respondida pelo plenário, se o senhor tem legitimidade ou não. Se for o caso, iremos judicializar, pois, quero que seja votado o meu questionamento, sobre a existência ou não do impedimento da vossa excelência”, ressaltou a deputada.

‘Que ele dispute a eleição e vença nas urnas’

Saullo criticou a postura de Josué por não ter colocado o documento à votação em plenário e afirmou que “o problema agora está instalado, e essa situação precisa ser resolvida”. “O presidente não é o dono da Assembleia, ele é deputado igual a todos nós. Ele não deu a pauta como lida, não encerrou o grande expediente, apenas encerrou tudo”, disse o parlamentar.

Assim como Alessandra, Vianna não descarta a possibilidade de judicializar a questão e ressaltou que não existe o crime de responsabilidade contra o governador e o vice, como defendem as denúncias contra os gestores. Na sua opinião, tudo não passa de um processo político. “Reconheço a vontade do deputado Josué de querer ser governador, mas, que ele dispute a eleição e vença nas urnas”, finalizou o deputado.

Procurado pela reportagem, o deputado Josué Neto não quis se manifestar.

Leia o documento aqui 

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Reprodução

Em nota, Seinfra nega que ‘beneficie’ as construtoras Etam, C.D.C e Pontual

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MANAUS - AM 27/08/2015 - FACHADAS DA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA (SEINFRA) E SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO (SUHAB), LOCALIZADO NA ALAMEDA COSME FERREIRA, COROADO. FOTO: AGUILAR ABECASSIS/ACRÍTICA

Em nota enviada à redação de O Poder, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) nega que a pasta esteja beneficiando as empresas Construtora Etam Ltda., C.D.C. Empreendimentos Ltda. e a Pontual Serviços de Locação e Estrutura Ltda, com 14,3% do orçamento total da pasta, no primeiro quadrimestre deste ano, segundo aponta o Portal da Transparência do Estado.

Na manifestação, a Secretaria de Infraestrutura ressalta que movimenta cerca de 65 contratos e, que, à exceção dos Contratos nº 009/2019 e 027/2019, todos os outros abordados na matéria jornalística publicada pelo O Poder foram firmados anteriormente à nova gestão, conduzida pelo secretário Carlos Henrique Lima, iniciada em janeiro de 2019. “Afastando a insinuação encravada no título da matéria de que o atual gestor esteja favorecendo intencionalmente as empresas citadas”, diz a nota.

A Seinfra reforça, ainda, que não há nenhuma irregularidade no fato de 14,3% do orçamento da Secretaria recair sobre contratos firmados com 3 empresas, haja vista ser “absolutamente admissível do ponto de vista legal e moral”.

A nota frisa que todas as contratações foram precedidas de regular licitação, não pairando, até o momento, qualquer indício de irregularidade, o que denota que os serviços estão em plena execução, portanto, a necessidade de pagar aquilo que está sendo executado. “Daí a previsão orçamentária objeto de surpresa daqueles que desconhecem os trâmites da Administração Pública; e, por último, porque revela que os grandes contratos estão bem distribuídos entre os players do segmento no Estado do Amazonas, afastando qualquer ideia de direcionamento”, finaliza o documento da secretaria.

O orçamento autorizado da pasta para este ano de 2020 é de R$ 401,8 milhões, sendo que R$ 57,5 milhões já estão comprometidos para estas três construtoras, conforme dados do Portal da Transparência.

 

 

 

Da Redação O Poder

Foto: Divulgação

Wilson Lima prorroga suspensão de atividades não essenciais até 31 de maio

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Devido ao aumento do número de casos do novo coronavírus no Amazonas, o governador Wilson Lima (PSC) prorrogou até 31 de maio a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais e destinados à recreação e lazer como medida para evitar a proliferação do vírus. O decreto foi assinado pelo governador na segunda-feira, 11.

Segundo texto, os estabelecimentos poderão funcionar, exclusivamente, para entregas em domicílio ou como ponto de coleta.  Também fica prorrogada a suspensão do transporte intermunicipal e interestadual.

Em caso de descumprimento, o decreto estabelece multa de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas e embargo ou interdição do estabelecimento. “As autoridades públicas estaduais e cidadãos, que tiverem ciência do descumprimento das normas deste decreto, deverão comunicar o fato à Polícia Civil, que adotará as medidas de investigação criminal cabíveis, bem como de aplicação das penalidades”, diz trecho do decreto.

Ficam mantidos também a suspensão das atividades de todas boates, casas de shows, casas de eventos, parques de diversões, igrejas, templos religiosos, lojas maçônicas e estabelecimentos similares.

Ainda conforme o decreto, fica determinado o uso obrigatório de máscaras de proteção facial nos espaços de acesso aberto ao público.

Confira o decreto na íntegra:

Decreto até 31 de maio

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação 

COVID-19: Estado volta a bater recorde com 1.249 casos positivos nas últimas 24 horas

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O Amazonas voltou a bater recorde de novos casos positivos da Covid-19 nas últimas 24 horas, com 1.249 registros de pessoas infectadas pelo vírus. Com esse número, o Estado salta para 14.168 casos. Segundo o boletim divulgado na tarde desta quinta-feira, 12, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), também foram registrando 63 novas mortes, elevando o total de óbitos para 1.098, sendo 42 óbitos nas últimas 24 horas.

Conforme o boletim, 5.886 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estão em isolamento social ou domiciliar. Outras 6.782 pessoas já passaram pelo período de quarentena (14 dias) e se recuperaram da doença.

Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 402 pacientes internados, sendo 232 em leitos clínicos (41 na rede privada e 191 na rede pública) e 170 em UTI (67 na rede privada e 103 na rede pública).

Há ainda outros 859 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 670 estão em leitos clínicos (200 na rede privada e 470 na rede pública) e 189 estão em UTI (66 na rede privada e 123 na rede pública).

No interior

Dos 14.168 casos confirmados no Amazonas até esta terça-feira, 7.877 são de Manaus (55,6%) e 6.291 do interior do estado (44,4%).

Além da capital, 56 municípios têm casos confirmados: Manacapuru (965); Tefé (459); Parintins (451); Coari (339); Tabatinga (329); Santo Antônio do Içá (267); Itacoatiara (163); Iranduba (262); Careiro Castanho (237); Rio Preto da Eva (235); Maués (187); Autazes (185); Presidente Figueiredo (177); São Paulo de Olivença (170); São Gabriel da Cachoeira (137); Boca do Acre (130); Carauari (124); Amaturá (114); Tapauá (114); Anori (104); Tonantins (96); Benjamin Constant (72); Urucará (70); Silves (55); Barreirinha (53); Fonte Boa (152); Barcelos (43); Jutaí (43); Manaquiri (43); Beruri (41); Nova Olinda do Norte (40); Maraã (35); Novo Airão (35); Borba (33); Careiro da Várzea (30); Itapiranga (29); Novo Aripuanã (29); Urucurituba (23); Canutama (22); Lábrea (22); Manicoré (19); Nhamundá (19); Anamã (18); Apuí (17); Boa Vista do Ramos (17); Eirunepé (15); Codajás (14); e Humaitá (13).

O município de São Sebastião do Uatumã tem 12 casos. Caapiranga tem 11 casos. Japurá tem oito casos. Santa Isabel do Rio Negro tem sete casos. Alvarães e Atalaia do Norte têm dois casos cada um. Os municípios com apenas um caso confirmado são: Juruá e Pauini.

Mortes

Entre pacientes da capital, até o momento, há o registro de 726 óbitos confirmados para o novo coronavírus.

Os 39 municípios do interior com óbitos confirmados até o momento, somando 372 no total, são: Manacapuru (50); Tabatinga (38); Parintins (35); Coari (34); Itacoatiara (31); Tefé (22); Maués (20); Iranduba (19); Autazes (18); São Gabriel da Cachoeira (10); Presidente Figueiredo (9); Benjamin Constant (8); Santo Antônio do Içá (6); Careiro Castanho (6); Tonantins (6); Borba (6); Rio Preto da Eva (5); Barcelos (5); Fonte Boa (4); Beruri (4); Novo Airão (4); São Paulo de Olivença (3); Amaturá (3); Silves (3); Manaquiri (3); Novo Aripuanã (3); Tapauá (2); Urucará (2); Itapiranga (2); Manicoré (2); Boca do Acre (1); Carauari (1); Anori (1); Barreirinha (1); Jutaí (1); Nova Olinda do Norte (1); Nhamundá (1); Codajás (1); e Caapiranga (1).

 

 

 

Da Redação O Poder

Com informações da FVS

Foto: Divulgação 

 

Vídeo revela que Bolsonaro queria troca na direção da PF para evitar que familiares fossem prejudicados

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a troca na direção da Polícia Federal do Rio de Janeiro para evitar que amigos e familiares seus fossem “prejudicados” por investigações em seguimento.

A informação consta no vídeo da reunião do conselho de ministros do último dia 22 de abril, exibido na manhã desta terça-feira,12, sendo relatado por três fontes que assistiram a gravação ao jornal O Globo.

Sob um forte esquema de segurança, o vídeo foi exibido na sede da Polícia Federal em Brasília. Estavam presentes procuradores da equipe da Procuradoria-Geral da República, integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU), policiais federais, responsáveis pela defesa de Bolsonaro e Sergio Moro acompanhado de dois advogados.

Além disso, na filmagem Bolsonaro afirma que queria substituir o superintendente da Polícia Federal do Rio e que, se fosse preciso, demitiria até o ministro da Justiça.

Vale ressaltar que em seu depoimento, Moro acusou Bolsonaro de interferir politicamente na PF. Em resposta, o presidente declarou que não disse as palavras “Polícia Federal”, “superintendente” e “investigação” durante a reunião.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello estabeleceu que a perícia da PF transcreva integralmente as declarações da gravação, para em seguida, decidir sobre a sua divulgação.

 

 

 

 

Conteúdo: O Globo

Foto: Marcos Corrêa/PR

Sessão da Aleam é encerrada no meio do expediente após intenso bate-boca entre base e oposição

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Depois de mais de três horas de tumulto, discussão, bate-boca e muita confusão na sessão virtual da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), entre os deputados da base governista e o presidente da casa, Josué Neto (PRTB), a sessão foi encerrada e a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e de seu vice, Carlos Almeida Filho (PRTB), não foi instalada.

A eleição dos membros do colegiado ficou para esta quarta-feira, 13. Josué chegou a sugerir que os argumentos dos parlamentares da base governista do seu impedimento na conduta do processo seja feita por escrito e encaminhada à Procuradoria-Geral da casa.

“Eu me comprometo a não esticar essa corda e não formar a comissão hoje por conta dos diversos argumentos jurídicos e o misto de argumento jurídico, um político sempre vai decidir no debate. O melhor nesse momento é que nós possamos ter acesso as argumentações dos colegas deputados juntamente com as definições da nossa procuradoria”, explicou.

Mesmo assim a vice-presidente da Aleam, deputada Alessandra Campelo (MDB), insistia que o requerimento do deputado Saullo Vianna (PTB), que pede o impedimento de Josué Neto na condução do processo de impedimento, fosse votado no plenário. como não foi atendida a deputada questionou o presidente.

Após intenso bate-boca entre os deputados, Josué Neto encerrou a sessão e transferiu as decisões sobre seu impedimento no processo e a eleição da comissão especial para amanhã.

“A senhora disse que eu estou falando com a procuradoria não faça isso. Eu já fui acusado de ser ladrão, de ser corrupto, de tanta coisa, mas não faça isso. Não me acuse por favor. A senhora mão me deixa falar seja respeitosa”, rebateu o presidente encerrando a sessão.

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Aleam

Governo diz que auxílio emergencial não pode ser permanente

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O Ministério da Economia disse nesta terça-feira, 12, que o auxílio emergencial não pode ser permanente para não comprometer a política fiscal. Segundo a nota, “as despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública”.

“Sobre as notícias de que o programa de auxílio emergencial pode ser permanente, o Ministério da Economia esclarece que tem tomado medidas de caráter temporário para combater os efeitos da pandemia. O compromisso com o teto de gastos dá credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o governo onere cada vez menos a sociedade”, diz o texto.

Segundo a nota, neste momento, o governo está preocupado em preservar vidas e a atividade econômica. “Com medidas extraordinárias, foi possível socorrer os mais vulneráveis que perderam seu sustento. Essa crise trouxe, entretanto, uma oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão em estudo e serão divulgados no momento oportuno”, finalizou o ministério.

Ontem, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que o o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) poderá ser mantido após o fim da pandemia. Segundo Costa, o governo discute se o auxílio emergencial e outras medidas de socorro deverão durar os três meses inicialmente planejados ou se deverão ser desmontadas gradualmente, num processo de transição para um novo modelo econômico. “Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra”, disse, referindo-se à possibilidade de manutenção do benefício no segundo semestre deste ano.

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil

Foto: Divulgação

Câmara aprova destinar R$ 9 bi de fundo extinto para o combate à Covid-19

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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 12, a Medida Provisória 909/19, que extingue o fundo da Reserva Monetária do Banco Central. Uma mudança incluída pelos deputados destina todo o dinheiro do fundo ao financiamento de ações de combate ao novo coronavírus: cerca de R$ 9 bilhões, de acordo com o balanço de 2019.

O texto segue agora para o Senado e precisa ser votado lá até 18 de maio, ou perderá a vigência.

Pela MP original, os recursos do fundo, criado em 1966 com parcela da arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), seriam liquidados e destinados ao pagamento da dívida pública federal.

O relator, deputado Luis Miranda (DEM), acolheu emendas para mudar o destino desse dinheiro e aplicá-lo na compra de materiais de prevenção à propagação  do novo coronavírus.

“Diante da pandemia, não faz mais sentido destinar o FRM [fundo formado pelas reservas monetárias] exclusivamente para o pagamento da dívida pública federal”, argumentou. “O Parlamento tem responsabilidade de apontar iniciativas e ações necessárias ao combate à Covid 19 e, igualmente, prever fontes de recursos para apoiá-las.”

Distribuição
A divisão do montante será da seguinte forma: 50% para estados e Distrito Federal e 50% para os municípios, distribuídos por critérios a serem estabelecidos pelo Poder Executivo. O governo federal deverá levar em conta, entre outros parâmetros, o número de casos de Covid-19 de cada localidade.

O dinheiro só será liberado se os entes apresentarem um protocolo de atendimento das regras estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate ao novo coronavírus. E será obrigatória a divulgação, na internet, dos dados de contratações e compras feitas com esses recursos.

Extinção do fundo
A Reserva Monetária foi criada pela Lei 5.143/66 e destina-se a prover o Banco Central de uma fonte de recursos para atuar nos mercados de câmbio e de títulos. Deixou de receber aportes em 1988 e, em 2016, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou uma solução definitiva para as verbas.

A MP aprovada determina que o Banco Central ficará responsável pela liquidação da reserva, cujo patrimônio está ligado, principalmente, a títulos públicos. Caberá à Caixa Econômica Federal dar baixa contábil dos valores correspondente do passivo de contratos habitacionais vinculados ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) relacionados com o fundo extinto.

Conteúdo: Agência Câmara de Notícias

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

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